Quando pensamos no desenvolvimento de um software queremos ir logo para a parte do desenvolvimento em si. Porém, certas etapas são importantes de serem realizadas antes de colocar a mão na massa. O ciclo de vida do software é um deles pois engloba desde o planejamento inicial até a sua entrega. Veja nesse artigo um pouco sobre ele e a sua importância.
O que vem a ser o ciclo de vida?
O ciclo de vida de um software é uma estrutura que indica processos e atividades envolvidas no desenvolvimento, operação e manutenção de um software, abrangendo de fato toda a vida do sistema. Neste ciclo, existem modelos que definem como o software será desenvolvido, lançado, aprimorado e finalizado. A escolha desse modelo, que definirá a sequência de etapas das atividades, é feita entre o cliente e a equipe de desenvolvimento e várias coisas podem impactá-la, como negócio, tempo disponível, custo, equipe etc. A ordem das fases é que vai definir o ciclo de vida do seu software.
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Conhecer o cursoPor que devo pensar nisso antes de desenvolver meu software?
Com um modelo de ciclo de vida você consegue ver a real necessidade do software e planejá-lo melhor. Imagina você entregar um software para um cliente, e posteriormente precisar lançar várias atualizações para corrigir falhas? A finalidade desse ciclo é encontrar erros o mais cedo possível, pois, além de garantir a qualidade do software, evita um custo maior caso um erro seja encontrado tardiamente. Com um melhor planejamento você pode, por exemplo, ter maior disponibilidade para melhorar o desempenho ou realizar alguma correção.
Quais são as etapas?
Existem 3 fases básicas de um ciclo de software: definição, desenvolvimento e operação.
1) Definição
Deve-se conhecer a situação atual e fazer a identificação do problema para buscar uma resolução do mesmo. É na definição que você fará a modelagem dos processos e a análise do sistema. O modelo de ciclo de vida é a primeira escolha a ser feita no processo de software.
2) Desenvolvimento
Esta etapa envolve atividades relacionadas a design, prototipagem, codificação, testes, entre outras atividades que forem necessárias, como por exemplo, a integração com um outro sistema. É importante ressaltar que essas atividades devem seguir o que foi descrito nas etapas anteriores, pois é aí que entra as regras de negócio.
3) Operação
Nesta etapa o software já estará em produção e você dará o devido suporte aos usuários e, claro, corrigir possíveis bugs que possam aparecer. Aí também entra a continuidade do software se for preciso, como atender novos requisitos, novas funcionalidades. Porém, tudo depende do modelo de ciclo de vida adotado pelo projeto.
Quais os modelos que podem ser utilizados?
Existem diversos modelos de ciclos de vida para o desenvolvimento de software como: cascata, incremental, espiral, evolutivo etc. Vamos abordar aqui alguns dos mais conhecidos e utilizados:
Modelo Cascata
O modelo cascata é um modelo tradicional que foi criado em 1966, porém, formalizado somente por volta de 1970. Este modelo define que as fases serão sequenciais, onde uma fase tem que estar completa antes de passar para a próxima.
Com isso, o processo é visto como um fluir constante para frente. Seu principal benefício é a facilidade de gestão do projeto. Já uma desvantagem desse modelo é a dificuldade de acomodar mudanças depois que o processo já está em andamento.
Modelo Evolutivo
Diferente do modelo em cascata, o modelo evolutivo tem a facilidade de mudanças e a possibilidade de oferecer novas funcionalidades naquele mesmo momento. É bastante indicado para sistemas de curto prazo ou sistemas pequenos e médios. É um modelo que possui grande interação com o usuário, porém, esse modelo tem a desvantagem de se ter dificuldade de estabelecer limites quanto ao escopo e tempo, o que demanda maior gerenciamento de projeto.
Modelo Incremental
Esse modelo foi criado como uma melhoria do modelo cascata e também é um modelo tradicional. Nesse modelo, o desenvolvimento é dividido em etapas, que produzirão o sistema até chegar a sua versão final.
Este é um modelo ideal caso os requisitos ainda não estejam tão claros. Por exemplo, se algum erro é cometido, apenas o último incremento será descartado. Além disso, como o foco é a entrega de cada incremento, a funcionalidade do sistema estará disponível mais cedo para o usuário.
Modelo Espiral
Nesse modelo o processo não é baseado em uma sequência de atividades com retorno. Nesse modelo, como o próprio nome diz, se baseia em uma espiral, onde cada volta nessa espiral representa uma fase no processo. Além disso, não existem fases fixas, essas voltas são escolhidas de acordo com o que é requerido. Uma desvantagem desse modelo é que ele é melhor aplicado somente em produtos internos da empresa.
Concluindo
Pudemos ver que utilizar um modelo de ciclo de vida é uma das melhores formas de garantir um bom alinhamento entre o desenvolvimento do software e a necessidade do usuário que irá utilizá-lo. Vimos também que não existe o modelo ideal, e sim o que é melhor aplicado para cada necessidade.