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Segurança da Informação

Segurança em SOA: Como proteger os web services?

Você sabe realmente como deve funcionar e como proteger um serviço SOA? Veremos nesse artigo como proteger web services que utilizem a arquitetura SOA.

há 7 anos 5 meses


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No último artigo sobre SOA, vimos sobre a Arquitetura Orientada a Serviços e como ela funciona. Vimos que uma implementação dessa arquitetura pode ser realizada com qualquer tecnologia baseada em web, mas geralmente a SOA é implementada utilizando Web Services, já que estes são fáceis de implementar e distribuir. Estes mesmos web services também são responsáveis por expor, através de uma rede, um determinado serviço. Sendo assim, eles precisam de uma atenção especial quanto à segurança. Como saber se meus web services estão realmente protegidos?

Serviços

Antes de qualquer coisa vamos retomar à definição sobre o que é um serviço. Para que se possa ter uma real governança em TI em uma empresa é necessário saber que isso não é atingido do dia para a noite. É um processo de longo prazo, por isso exige muita cautela dos processos como um todo, mantendo um alinhamento estratégico entre o negócio e a TI. O Negócio e a TI precisam trabalhar juntos!

Um dos autores mais famosos deste segmento, Thomas Erl, escreveu o livro SOA: Princípios do Design de Serviços, onde ele aborda 8 “regras” para definir um serviço. Nesse livro, ele enumera o que considera essencial para fazer uso da SOA “de verdade”. São eles:

Serviços são reutilizáveis

Essa é talvez uma das principais regras. Para isso acontecer, é necessária a interação da TI e do negócio. Quanto mais um serviço for genérico e puder ser reaproveitado, melhor!

Serviços compartilham um contrato formal

Todo serviço deve vir acompanhado de um “contrato”, onde ele deve informar o que o serviço faz e como ele se comunica.

Serviços possuem baixo acoplamento

Baixo acoplamento significa que certas implementações de um serviço podem ser modificadas, evoluídas e até mesmo substituídas, sem afetar negativamente os consumidores deste serviço.

Serviços abstraem a lógica

Serviços não devem expressar as regras de negócio. Os serviços SOA devem guardar os detalhes de sua implementação, até mesmo caso seja preciso modificar a lógica do negócio, não comprometendo as obrigações do serviço escritos no seu contrato.

Serviços são capazes de se compor de outros serviços

A composição também é uma forma de reutilização. Sendo assim, um serviço pode muito bem chamar um outro serviço para executar a sua tarefa.

Serviços são autônomos

Um serviço também deve ser autônomo, ou seja, apenas ele é suficiente para executar sua lógica.

Serviços evitam alocação de recursos por longos períodos

Quando um serviço é reutilizado, devemos tomar alguns cuidados. Não se deve criar muitas instâncias de um mesmo serviço, pois isso pode sobrecarregar a infra-estrutura. Para isso não acontecer, o serviço deve evitar reter informações específicas em uma determinada atividade.

Serviços devem possuir a capacidade de serem descobertos

O que eu quero dizer é que a capacidade dos serviços serem descobertos significa a visibilidade deles.

Para que isso ocorra, o contrato deve ser bem descrito, evitando que novos requerimentos resultem em serviços redundantes.

Agora que já entendemos um pouco melhor sobre como nossos serviços devem se comportar, vamos a um outro ponto do nosso artigo.

Imagine que uma empresa esteja fazendo o uso de SOA. O que pode acontecer se ela estiver utilizando um web service onde suas informações estão trafegando pela rede sem proteção???

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Isso mesmo: acessos indevidos e possíveis interceptações das informações que trafegam pela infraestrutura dos serviços SOA!

Sendo assim, a necessidade de se proteger os recursos envolvidos com a aplicação da SOA no ambiente de TI é uma necessidade real.

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Conheça o WS-Security: Segurança para Web Services##

A tecnologia WS-Security (Web Services Security) é um padrão que tem a intenção de apoiar a SOA no sentido de prover segurança quando os dados são trocados. O WS-Security disponibiliza um sistema rico para prover segurança, tanto em confidencialidade quanto em autenticação.

Apesar disso, o WS-Security não funciona sozinho. Ele funciona em conjunto com as especificações WS-Policy e WS-SecurityPolicy. Essas especificações têm por objetivo, respectivamente, estabelecer políticas gerais a respeito de segurança, qualidade de serviço, confiabilidade; além de estabelecer quais são as políticas de segurança aplicáveis a um determinado serviço.

Na figura abaixo, podemos ver a estrutura de segurança que é fornecida pelo WS-Security, fazendo também uso da estrutura do WS-Policy.

estrutura do ws-security

Esses conceitos são baseados em cinco requisitos comuns de segurança: identificação, autenticação, autorização, confidencialidade e integridade.

Se um solicitante quiser acessar os serviços em segurança, primeiramente ele deve fornecer informações que expressem a sua origem. O WS-Security armazena essas informações em um cabeçalho padronizado, cujo ponto é referido como um token.

A autenticação requer a prova de que a mensagem que está sendo entregue ao destinatário é realmente do remetente que alega ser, fornecendo uma prova de que sua identidade reivindicada é verdadeira.

Após a autenticação, o destinatário pode precisar determinar se o solicitante está autorizado a fazer o que ele tenta fazer. Isto é chamado de autorização. Já a confidencialidade está diretamente ligada com a proteção e privacidade do conteúdo da mensagem, onde a mensagem deve ser mantida como confidencial e nenhum serviço ou mensagem não autorizada deve ver seu conteúdo.

Por último, temos a integridade, que garante que a mensagem não foi alterada desde a sua saída do remetente, garantindo que a mensagem permaneceu intacta a partir do momento de transmissão para o ponto de entrega.

Percebe a necessidade de se proteger as estruturas SOA em uma organização? Os benefícios adquiridos são muitos. Fazendo o uso correto das normas de segurança, a empresa poderá se beneficiar com o uso da SOA sem se preocupar com a integridade de suas informações, ponto de preocupação este que é de certa forma recorrente em organizações que iniciam o processo de adoção de uma arquitetura SOA.

Autor(a) do artigo

Marylene Guedes
Marylene Guedes

Responsável pelo sucesso do cliente na TreinaWeb. Graduada em Gestão de Tecnologia da Informação pela FATEC Guaratinguetá, além de estudante de UX/UI.

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