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Entrevistas Desenvolvimento Web

TW Entrevista 06: Rafael Caferati

Fizemos uma série de entrevistas com desenvolvedores chamada "TW Entrevista". O entrevistado de hoje é o Rafael Caferati, desenvolvedor especialista em UI/UX que já foi premiado pelo CSS Design Awards.

há 6 anos 6 meses


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Olá, Web Developers!

Hoje trazemos para vocês uma entrevista com o Rafael Caferati, desenvolvedor especialista em UI/UX que já foi premiado pelo CSS Design Awards.

Se você ainda não viu, o entrevistado da semana passada foi o Caio Gondim.

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Fale um pouco sobre você (de onde é, onde mora, o que faz, onde trabalha atualmente, etc)

Meu nome é Rafael Caferati, sou natural da fronteira-oeste do Rio Grande do Sul.

Comecei minha carreira como Software Developer em Porto Alegre (Hupples, Perverte, Rocket.Chat) e recentemente tenho me aventurado no mercado digital europeu. Por aqui trabalhei como Sr. Software Developer em Milão (Makeitapp), Berlin (MoviePilot, Creators), Helsinki (Unity3D) e em Londres (SKY UK).

No momento estou produzindo um livro sobre VUE.JS em conjunto com uma editora britânica, finalizando o website de uma Makeup Artist local e aproveitando meu tempo livre para focar na organização de projetos pessoais.

Quando e como você começou a se interessar pela área?

A geekiness por tecnologia me acompanha desde sempre. Mas a decisão de focar profissionalmente na área de desenvolvimento iniciou a tomar forma quando cursei as disciplinas de programação ainda na faculdade de Engenharia.

Como foi seu primeiro trabalho na área?

Comecei na área em 2008/09 quando, junto com um colega, desenvolvi a rede social educacional hupples.com. Vencemos algumas premiações regionais e atraímos um número significativo de usuários, mas a monetização do WebApp se mostrou um desafio complexo a ser batido.

Startup a parte, o meu primeiro job na área (e também o que mais influenciou a minha carreira como desenvolvedor) foi o de Lead Front-End Developer na Perverte em Porto Alegre.

A oportunidade de trabalhar em uma agência digital cutting edge teve fundamental importância na minha formação e evolução como especialista em UI/UX development.

Quem segue o seu trabalho realmente vê o seu empenho e preocupação para com UI/UX. Inclusive, já foi premiado pelo seu trabalho. Quais dicas você dá e quais fontes (sites, livros, pessoas a seguir) você recomenda para quem quer se especializar nessas áreas?

Todo reconhecimento adquirido na área é extremamente importante para a motivação pessoal e consequente evolução da tua carreira. A lembrança do momento que recebi a notícia do meu primeiro FWA Award é do caralho fantástica.

O Rodrigo juntou a equipe na mesa de reuniões com o pretexto de mostrar algumas novidades na UI/UX de um projeto no qual estávamos trabalhando e adicionou um easter-egg com a informação da premiação. Tive a sorte de ser premiado em outros projetos e também de vencer um FWA com o meu próprio portfólio. Mas a energia e empolgação do momento em que a equipe entendeu o que estava acontecendo me arrepia até hoje.

Esse é o tipo de resultado que te motiva e faz com que tu busque aquele esforço extra pra elevar teu trabalho a um novo nível.

Para a galera que quer crescer como UI/UX developer, acompanhar os principais Web Awards (Awwwards, FWA, CSSDA) é fundamental.

Ali tu tem contato direto e atualizado com o que está sendo produzido de melhor na área a um nível visual e de interatividade.

Seguindo essa mesma linha mais interativa, um cara que eu respeito muito é o Bryan James. A qualidade do trabalho dele como interactive freelance developer é incomparável.

Já houve situações que um simples detalhe de UX foi crucial para te dar vantagem competitiva? Se sim, como foi?

O diabo está nos detalhes. Talvez nenhuma expressão defina tão bem o desenvolvimento de uma UX relevante quanto essa. São normalmente o conjunto e o foco em pequenos detalhes que acabam fazendo toda diferença no produto final de um projeto.

Dito isso, um padrão sempre presente nos meus trabalhos é o que os profissionais da área chamam de Coreographed UX. Embora pessoalmente prefira o termo Organic UX por considerar que ele expresse melhor o feeling orgânico que busco atingir em cada trabalho.

Um exemplo do impacto desse diferencial pode ser visto no sucesso inicial do Rocket.Chat. O WebApp foi lançado em uma época onde vários protótipos similares estavam pipocando na esfera Open-Source. Embora no começo não tivéssemos nenhuma feature relevante, possuir uma UI/UX fechada e coreografada fez toda diferença para a intensa popularização da versão original do projeto.

Desenvolvedor Front-end
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Para quem pensa em morar na Europa, quais as melhores cidades para se morar e quais possuem mais oportunidades para TI? Qual você considera a melhor pela qual já passou?

Nesse sentido sempre procuro analisar a cidade pela valorização profissional versus volume de oportunidades. Berlin, Helsinki e Amsterdam são ótimos exemplos de cidades com uma startup scene pulsante. Dublin já foi mais atrativa mas continua extremamente forte, principalmente pela presença de sedes do Google e Facebook.

Londres é de longe minha favorita. O número de oportunidades e a valorização do profissional de tecnologia estão bem acima da média europeia.

Sempre lembrando que existe um ponto de interrogação em relação a Londres para os próximos anos devido ao Brexit, o que pode fazer com que outros hubs tecnológicos europeus acabem ganhando força.

Segundo fotógrafos profissionais que contatei, suas fotos “fazem bem o uso de luzes e formas pra valorizar a estética nas fotos de arquitetura”, “trabalha bem cores e linhas” e “não polui as imagens com muita informação desnecessária”, deixando as imagens mais limpas e não cansando a vista. Isso se reflete em seus outros trabalhos. São características que também definem uma boa UI e UX. Mas a grande dúvida de muitos é: como praticar para conseguir ser bom em UI/UX? Você possui alguma técnica de estudo, prática e testes?

É bem isso. Como normalmente viajo sozinho, a fotografia acabou surgindo naturalmente como um hobby. Sendo ela também uma forma de expressão visual, fica difícil de dissociar da maneira com que trabalho a UI/UX em meus projetos.

Todos temos um pouco de especialista em UX dentro de nós, só precisamos trabalhar isso de uma forma mais intensa. É importante manter um olhar crítico sobre toda interface que tu interage, sempre analisando, fazendo comparações e imaginando formas de melhorar a experiência. Seja quando tu está usando o celular, jogando PS4 ou navegando nos menus da tua TV. Toda interação é uma nova oportunidade para tirar lições de UX.

E como citei anteriormente, possivelmente o passo mais importante seja a intensa análise de projetos de sucesso. Principalmente por que essa análise não é só externa, com ela tu acaba te conhecendo melhor e compreendendo que tipo de profissional de UX tu quer te tornar.

Fique Ligado!

Para seguir o Rafael Caferati:

Autor(a) do artigo

Akira Hanashiro
Akira Hanashiro

Graduado em Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Pós-graduado em Projetos e Desenvolvimento de Aplicações Web e MBA em Machine Learning. Especializado em Front End e curte desenvolvimento de jogos.

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